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Existem diversos tipos de compostores, com diferentes formatos, capacidades e materiais. Podemos distingui-los essencialmente em dois grandes grupos: compostores domésticos e compostores comunitários.

Ainda não sabes o que é compostagem ou que métodos existem? Dá uma olhadela neste artigo e fica a saber o básico da compostagem!
Os compostores domésticos permitem realizar, de forma simples, a reciclagem de matéria orgânica na nossa própria casa, quer no exterior (por exemplo, no jardim), quer no interior, dependendo do tipo de compostor que queiramos utilizar. Os principais tipos de compostagem doméstica são: 1) termofílica; 2) Bokashi; 3) Vermicompostagem. Vamos, por isso, falar um pouco sobre as características dos compostores de cada um destes métodos.

1. Compostor Termofílico

A compostagem termofílica é a famosa “compostagem de jardim”. Se vives num apartamento, podes já descartar este método. Passa para os seguintes!
Caso tenhas um jardim, uma hortinha ou um pequeno quintal, podes utilizar um compostor termofílico, que normalmente tem uma capacidade de 300-500 litros, mas pode variar.Existem compostores termofílicos de madeira, plástico, metal, tijolo, de materiais reciclados ou não, com ou sem rede, rotativos ou não,… Há para todos os gostos! Se tiveres espaço para isso, podes até criar apenas uma pilha no teu jardim, sem necessidade de comprares um compostor, mas aconselhamos-te a envolveres a pilha numa rede metálica para evitar a invasão de roedores.
Em alternativa, caso tenhas jeito para bricolage, poderás puxar pela tua criatividade e reaproveitar materiais para construir o teu próprio compostor. A vantagem de ter um compostor é que te ajuda a economizar espaço e deixa o ambiente mais organizado. E não te esqueças: é sempre importante ter pelo menos dois “recintos” de compostagem para serem usados de forma alternada. A existência de dois recintos (2 compostores ou 2 pilhas) garante que haverá tempo suficiente para que as fases da compostagem termofílica ocorram num deles enquanto o outro está a ser alimentado.

Fig. 1: Pilha de compostagem com rede à volta

 

Se quiseres fazer um com paletes de madeira, a Revista Jardins ensina-te como aqui.

Fig. 2: Compostor termofílico de madeira

 

O compostor ideal deve ter uma estrutura robusta, mas com muitas aberturas para a entrada de ar, a chamada “oxigenação passiva”. Trata-se de um processo aeróbio, pelo que o oxigénio deve circular facilmente. O compostor deve ser colocado diretamente sobre o solo para facilitar a entrada dos decompositores (microrganismos, minhocas, etc) e a drenagem do biofertilizantes líquido. Sempre que possível o compostor deve ficar abrigado do excesso de vento da chuva de Inverno.
O mais comum de todos os compostores termofílicos (não sendo necessariamente o melhor) é o de plástico. É também o mais fácil de obter gratuitamente, em alguns municípios, caso cumpras os seus requisitos. É simples de montar, tem uma tampa superior (para proteger da chuva) com uma regulação da entrada de ar e tem uma porta no fundo para conseguires retirar o composto. No entanto, este tipo de aberturas pode complicar o processo a uma pessoa mais idosa ou com alguma limitação física.

Fig. 3: Compostor Termofílico de Plástico

 

Existe um modelo de compostor termofílico com o tambor rotativo que, com a sua manivela lateral, facilita muito a mistura e oxigenação dos materiais. Como consegues mexer os resíduos todos os dias, esta entrada de ar constante vai colocar os microrganismos “superativados” e acelerar a compostagem. É muito prático mesmo!

Fig. 4: Compostor termofílico com tambor rotativo

 

Também podes criar um compostor com tijolos, com as dimensões que quiseres, como por exemplo na imagem abaixo.

Fig. 5: Compostor termofílico de tijolos

 

O compostor de metal é também uma opção, mas tem em consideração que pode enferrujar em poucos anos. Quando se vive em ambiente urbano, o espaço disponível para a compostagem pode ser reduzido, logo a opção por um compostor Bokashi ou um vermicompostor é o ideal.

2. Vermicompostores (compostores com minhocas)

A compostagem com minhocas pode (e deve) ser feita dentro de casa! Para além de ser muito prática, também gera um adubo (húmus) de excelente qualidade! Tens de ter especial atenção à humidade e oxigenação das caixas do compostor, isto porque as minhocas são seres vivos e, como tal, têm as suas próprias exigências em relação à qualidade do ambiente onde vivem. Se quiseres, podes ver os nossos vídeos sobre vermicompostagem no Youtube. Temos uma playlist de vídeos só dedicadas a este método!
O método é bastante simples e o que normalmente os miúdos mais gostam!Os vermicompostores podem ser de plástico, madeira ou metal. Existem vários modelos à venda, mas também podes tentar construir um! É importante que tenha tampa e que seja opaco, para dificultar a entrada de luz (as minhoquinhas não gostam de levar diretamente com o sol- o vermicompostor deve obrigatoriamente estar à sombra). Tal como no compostor termofílico, o vermicompostor também tem de ter alguns orifícios para permitir o arejamento. E certifica-te que o teu vermicompostor tem, no mínimo, 3 andares! Podes fazer o download do nosso Manual de Compostagem do Tuguinha para aprenderes a montar o teu próprio vermicompostor!

Fig. 6: Alguns modelos de vermicompostores

 

A Mudatuga vende o vermicompostor da City Worms na sua loja online em várias cores: verde, vermelho, preto, laranja e azul. Alguma delas há de combinar com a decoração da tua casa:) Se tens uma família entre 2 e 6 pessoas, este tipo de compostor é perfeito! O City Worms é feito com plástico reciclado, vem com 3 bandejas para fazer compostagem e possui rodinhas para facilitar o seu deslocamento dentro de casa. As minhocas compostoras (californianas) são fáceis de manter e, sendo espécies nativas desta região, estão à vontade com o clima de Portugal (cuidado para não te enganares pelo nome comum dessa espécie de minhocas!). O produto na nossa loja online já inclui 1 pacote de 500g de substrato com minhocas. Clica aqui para ver o vermicompostor.

Fig. 7: Vermicompostores da City Worms à venda em lojamudatuga.com

 

3. Compostores Bokashi

A compostagem Bokashi é provavelmente o método mais adequado para quem vive em zonas urbanas, em apartamentos, sem muito espaço disponível. Estes compostores são mais pequenos e não atraem mosquitinhos, não cheiram mal e o processo é o mais rápido de todos! Ainda por cima, para além das frutas e vegetais, podes compostar carne e peixe à vontade!
A compostagem Bokashi está dividida em duas etapas. A primeira é a fermentação anaeróbia dentro do pequeno compostor (normalmente tem entre 12 e 20 litros), que podes fazer até no balcão da tua cozinha. A segunda etapa consiste em misturar os resíduos fermentados em terra. Se tiveres vasos no teu apartamento, seja no interior ou na varanda, já consegues fazer a segunda etapa sem complicações.
Temos imenso material sobre este tipo de compostagem. É só escolheres!!

Existem alguns modelos de compostores Bokashi. Nós, na loja online da Mudatuga, vendemos os compostores Organko da Skaza (o Organko Essential e os Organko 2), em várias cores. Estamos também a desenvolver o nosso próprio compostor Bokashi, mas ainda falta um tempinho para ser lançado.

Fig. 8: Compostores Bokashi à venda na loja online da Mudatuga

 

Não te esqueças! Compra sempre um kit de 2 compostores Bokashi! Enquanto um balde está a fermentar, o outro balde deve estar “livre” para recomeçares a fermentação de novos resíduos orgânicos. Tens sempre de alternar entre os 2 compostores. Assim não ficas sem sítio para continuares a fermentar os teus resíduos! Apercebemo-nos que alguns clientes ficavam um pouco frustrados quando compravam apenas 1 compostor e só depois se apercebiam que afinal precisavam de 2. É por isso que decidimos optar por vender apenas kits na nossa loja.

Fig. 9: Outros modelos de compostores Bokashi

 

Com alguma habilidade também podes tentar criar o teu próprio compostor Bokashi, tendo apenas de garantir algumas questões técnicas importantes. Podes aprender o básico da construção de um compostor Bokashi vendo este reels do nosso instagram.
Dá uma espreitadela ao quadro abaixo, que talvez te possa ajudar a tomar uma decisão 🙂

 

 

 

 

Compostores comunitários

Os compostores comunitários não são compostores domésticos, mas gostaríamos também de vos falar sobre eles porque podem dar-vos muito jeito!


Os compostores comunitários são utilizados pela população em geral para deposição de resíduos orgânicos (alimentares e verdes), ainda que com algumas restrições. Normalmente o composto produzido é oferecido aos utilizadores do compostor (e eventualmente outro munícipe interessado) e/ou utilizado pelo próprio município em jardins públicos ou hortas, dependendo das regras de cada projeto.


Estes compostores são normalmente geridos por funcionários municipais. Há já alguns municípios com compostores comunitários, como por exemplo Lisboa (onde já existem 19 compostores comunitários e mais 6 previstos para 2022), Odivelas, Amadora, Vila Franca de Xira, Évora, Porto (pelo menos 2, no Amial e em Paranhos), Esposende (apenas para resíduos verdes), Aveiro (na Horta comunitária de Esgueira), Sintra (nas hortas solidárias da Câmara Municipal de Sintra e em alguns condomínios, entidades públicas ou privadas (empresas), instituições escolares e sociais), Braga (em hortas urbanas/comunitárias adstritas às respetivas Juntas e Uniões de Freguesia), Barceiros (em fase de conclusão, na freguesia de Macieira de Rates), entre outros. Também a Mudatuga, em linha com a nova diretiva europeia, instalou os primeiros dois compostores comunitários em Coimbra no final de 2020 a título de um projeto piloto com duas repúblicas de estudantes. Há ainda muitos municípios sem locais de compostagem comunitária, no entanto, em muitos deles está prevista a construção desses espaços entre 2022 e 2023, no âmbito das novas estratégias relacionadas com a implementação da recolha seletiva de biorresíduos. Alguns deles estão a aguardar a aprovação de financiamentos públicos para avançarem com esses projetos.


Em muitos casos, existem ações de formação aos munícipes que pretendam aderir à compostagem comunitária, pelo que, se estiver interessada(o), envie um email à câmara municipal ou à sua junta de freguesia a perguntar se existem ilhas de compostagem comunitária perto de si e como participar.


Como o controlo destes compostores comunitários é um pouco inferior quando comparado com os compostores domésticos, já existem projetos-piloto a implementar nano sensores nos compostores com vista à leitura permanente de indicadores de localização, humidade, temperatura, frequência de utilização, bem como quantidade de resíduos orgânicos depositados, permitindo assim estimar quantidade de resíduos desviados do aterro e, consequentemente, emissões de CO2 evitadas. Estes instrumentos de monitorização encontram-se a ser testados em projetos piloto desenvolvidos pela LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto.


Em 2021, a Mudatuga fez uma live no instagram sobre compostagem comunitária. Se preferires, podes vê-la também no nosso canal do youtube.

Fig. 10: Compostores comunitários do projeto Lisboa a Compostar

 

Ficaste com dúvidas?Envia-nos uma mensagem para o Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou no nosso instagram @mudatuga

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Mudatuga
A Mudatuga é uma startup focada na educação para a compostagem, quer para particulares, quer para qualquer organização, pública ou privada, que pretenda implementar um projeto de compostagem doméstica ou comunitária.

Contactos

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